O Homem que dobrou o Mundo
Ultimamente muito se tem falado e escrito sobre Fernão de Magalhães e, felizmente, no seu país de origem. Era comum este navegador, o maior e mais apto de todos, ser relegado para segundo plano como figura malquista, obliterado da História nacional, não pelo patriotismo, mas pelo “portuguesismo” bacoco e retrógrado.
As comemorações conjuntas dos governos de Espanha e Portugal relativas aos 500 anos da viagem de circum-navegação, trouxeram à memória do País o que foi este Homem.

Os livros publicados pelo historiador José Manuel Garcia, o romance de João Morgado, avalizado pelo historiador, e o livro de Edouard Roditi, esclarecem e elucidam o leitor do papel de Fernão de Magalhães na navegação e historiografia mundial.
Pôs-se sempre a questão se ele teria tido conhecimento que as Molucas, Ilhas das Especíarias, estavam ou não do lado português definido pelo Tratado de Tordesilhas. Hoje podemos dizer que ele já o sabia, mesmo antes de lá chegar, pois inferimos pela sua dilação de rumar para Ternate, sempre com os seus mais próximos a instá-lo para tal. Esta situação deve-se ao facto de saber perfeitamente onde se encontrava.

Isto em nada é demeritório para Fernão de Magalhães. Basta ler os relatos das suas navegações, agora disponíveis, para se perceber o que era o Homem.
No livro de João Morgado, “Fernão de Magalhães e a Ave do Paraíso”, pg 284, surge a passagem que transcrevemos:
O Relato de Albo
— Que novas me trazeis? — perguntou Magalhães quando André de San Martín, o cartógrafo, entrou no seu camarote e se aproximou dele carregado com a sua carta de marear. Vinha secundado por Francisco de Albo, que sempre o apoiava nos cálculos das coordenadas e que tudo apontava no seu diário.
— Las nuevas que traemos , no serán de vuestro contentamiento capitán — afirmou em tom seco.
……… Depois, sem nada dizer (San Martín) passou com o dedo por uma linha que atravessava o documento (carta de marear) de alto a baixo. Sem que ninguém lhe desse a palavra, o capitão rastreou o traço com os olhos e depois… pragejou ……….. acontece que … não passava nos mesmos lugares (do Mapa de Faleiro). Isso mudava tudo. Absolutamente tudo. Mudava o Norte e a sua posição do mundo, mudava o seu encargo, o seu sonho, a sua vida.
Os diários de Francisco Albo encontram-se no Arquivo das Índias em Sevilha.

3 Comentários
Os pombos correios sao largados a milhares de kms do seu ponto de partida,origem,antes de iniciarem a derradeira viagem,dao umas voltas no ar e voam infalivel ao seu destino,assim era com o Fernao de Magalhaes e como todos aqueles que se sentem em casa ao navegar nos mares desconhecidos nunca antes navegados,a isto chama-se ter o dom da orientaçao,e que nasce connosco ou nao,cada um de nös tem dons e o Magalhaes sentia-se em casa no desconhecido,onde outros falharam,por isso è que ficou na Historia e falamos dele passados mais de quinhentos anos.
Grande homem.
Hä um grupo de adeptos de negacionistas que diz que a terra è plana.
Todos os elementos do Universo organizados sao redondos,è isso mesmo,o Universo è redondo,as Galacias sao redondas,os Sistemas Solares sao redondos,os Planetas e Luas e o Sol sao tambem redondos.
Tudo o que nao for redondo nao è organizado,mas poderao um dia se-lo.
A forma redonda è a mais resistente de todas,porque nao existe um lado fraco,todos os lados sao iguais,ou seja nao hä lados.
E claro que o Fernao de Magalhaes nao sabia isso ,descobriu por acaso e por experiencia propria,tal como eu que nao posso provar o que escrevi,mas è uma questao de logica e de observaçao.
Estou desapontado que nesta revista ultra conservadora se permita usar a palavra de “portuguesismo bacoco” isto è inceitävel.
Nao è verdade que o sejamos,senao nunca poderiamos ser independentes da poderosa Espanha,ser campeoes europeus e mundiais em värias modalidades desportivas e outras,ser uma referencia e invejados em tantas coisas,è isso ser bacoco?
Sö uma ignorancia muito grande è que pode produzir tal comentärio.
Fernao de Magalhaes escreveu o seu nome na Histöria para nunca mais de lä saìr,e pelas melhores razoes.
Os maldizentes sao bons e necessärios para que defendamos os nossos herois da nossa gloriosa Histöria,os que nos malduzem fazem-no apenas por inveja e incompetencia por nao terem sido capazes de nos superarem,nem mesmo com alguns traidores que querem mudar o curso da Histöria,porque nunca vao conseguir,mas apenas nos fazerem ainda mais fortes.