Largou ontem da Base Naval de Lisboa, no Alfeite, o Navio da República Portuguesa (N.R.P.) “Figueira da Foz” , dando início à sua segunda missão de três meses na Região Autónoma dos Açores, estando previsto o regresso a Lisboa no final de Dezembro.
O N.R.P. “Figueira da Foz”, partiu sob o comando do capitão-tenente António Guardado Neto e tem embarcados cinquenta militares, incluindo uma equipa de fuzileiros e uma equipa de mergulhadores.
Presença Naval nos Açores
A Marinha Portuguesa mantém em permanência no mar dos Açores, um meio naval oceânico, sendo uma corveta ou um navio patrulha oceânico, que é rendido cada três meses.
Esta presença naval executa fundamentalmente missões no âmbito do apoio à Autoridade Marítima Nacional, com objetivos prioritários de responder a pedidos de busca e salvamento marítimo no mar dos Açores, prestar assistência a pessoas e embarcações em perigo em caso de necessidade, bem como vigiar e patrulhar os espaços marítimos sob jurisdição nacional.
O navio tem igualmente capacidade para apoiar a proteção civil e demais autoridades regionais para auxílio à população em caso de catástrofe natural ou calamidade.
A classe “Viana do Castelo”
O N.R.P. “Figueira da Foz” é o segundo navio patrulha oceânico da classe “Viana do Castelo”, um projeto exclusivamente nacional, desenhado especificamente para as necessidades nacionais, mas com ampla capacidade de adaptação a requisitos de outros países com necessidades semelhantes no âmbito da fiscalização e segurança marítimas.
A classe “Viana do Castelo”, é neste momento composta por quatro navios, “Viana do Castelo”, “Figueira da Foz”, “Sines” e “Setúbal”, os dois últimos ainda em construção nos estaleiros West Sea, em Viana do Castelo, num programa conduzido pelo consórcio West Sea – EDISOFT.
A classe inicialmente previa um total de dez navios, para substituir as doze corvetas das classes “João Coutinho” e “Baptista de Andrade”.
São navios com um deslocamento de 1850 toneladas, um comprimento de 83,1 metros e uma boca (largura) de 13,5 metros. Porque são navios que se pretendem económicos, são altamente automatizados e por essa razão têm uma guarnição reduzida a 42 militares. Atingem uma velocidade máxima da ordem dos 21 nós (aprox. 39 km/h).
Como armamento principal dispõe duma peça de artilharia Oto Melara de 30mm de controlo remoto instalada na proa. Estão também equipados com um sensor eletro-ótico SAGEM/VIGY e dois radares de navegação KH Manta2000.
Foto: Marinha Portuguesa