Um edifício emblemático, imóvel classificado, cuja origem remonta ao século 16. O restauro parece terminado, mas ficou incompleto, pois a Capela-Farol propriamente dita ficou esquecida.
Para melhor compreensão relativamente aos trabalhos realizados no restauro da Capela-Farol, sabendo tratar-se dum pequeno mas emblemático edifício na cidade do Porto, cuja construção data originalmente de 1528, teremos de nos reportar à notícia publicada na Revista de Marinha, Nº988, de Novembro-Dezembro de 2015, pp. 15, da qual extraímos os dois primeiros parágrafos, como segue:
No dia 24 de Julho de 2015, teve lugar a assinatura de um protocolo de colaboração entre a Direcção Regional de Cultura do Norte, a Associação Comercial do Porto, a Administração dos portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo e a Marinha Portuguesa, com vista ao restauro e valorização do Farol-Capela de S. Miguel-o-Anjo, situado na zona da Cantareira, na cidade do Porto.
Trata-se de uma peça de arquitectura marítima de valor singular no panorama do património nacional, pois além de ser simultâneamente o primeiro farol construído de raiz no país, é também um dos mais antigos faróis existentes na Península e por toda a Europa.

Os trabalhos de restauro da Capela-Farol estavam previstos ser concluídos no período de um ano e meio, orçando num valor na ordem dos 580 mil euros, comparticipados pelas entidades signatárias do acima referido protocolo.
Do conjunto de obras que entretanto foram sendo executadas, a Marinha Portuguesa deu por terminados os trabalhos de recuperação da Estação de Socorros a Náufragos, ali localizada, ainda dentro do prazo acordado, o que mereceu rasgados elogíos do ex-ministro da Defesa, Dr. Azeredo Lopes.
E, acto contínuo, foi também terminada a recuperação da área envolvente, que havia ficado a cargo da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, trabalho esse de cariz ambientalista, que efectivamente veio valorizar substancialmente aquele espaço, por onde sempre circularam grande número de turistas nacionais e estrangeiros.

Quanto aos restantes trabalhos a serem realizados, é algo constrangedor salientar a decepcionante participação da Direcção Regional de Cultura do Norte, por ter permitido que as obras em curso, da Torre Semafórica construída no sécilo XIX, servindo igualmente de posto de observação dos pilotos da barra, se tivessem prolongado entre finais de Agosto a princípios de Setembro do corrente ano.
Se por um lado está cumprido um dos principais objectivos, que visava a abertura de uma porta através da referida torre, para ser possível ter acesso ao interior da Capela-Farol, lamenta-se constatar que a Capela-Farol propriamente dita ficou esquecida, para futuros trabalhos, cuja previsão para serem efectuados, muito provavelmente ninguém sabe ou desejará responder.